Grupos e Abordagens Grupais
- renataflsunb
- 26 de ago. de 2015
- 3 min de leitura

Boa noite Grupo, hoje o assunto do post é sobre a gente, os Grupos..
Então para entendemos melhor como funciona a utilização do Grupo como recurso terapêutico na atuação da TO, vamos ver algumas definições e as características do grupo e agrupamentos.
Nós, seres humanos, somos seres gregários por natureza, sempre em busca da identidade individual e uma necessidade de uma identidade grupal e social. Desde criança procuramos grupos em que nos identificamos e passamos a maior parte do nosso tempo convivendo, interagindo em distintos grupos.
BALLARIN (2003) define um grupo como um conjunto de pessoas em relação umas com as outras, com características, pensamentos e atitudes em comum. Os integrantes do grupo apresentam certo grau de confiança e afeto entre si e compartilham de um objetivo em comum, porém cada integrante tem sua identidade específica.

O tratamento feito pela TO pode ser conduzido tanto individualmente quanto em grupo, de acordo com os objetivos propostos.
Os primeiros trabalhos desenvolvidos em grupo pela TO foi na socialização dos doentes mentais.
Segundo o livro da Cavalcanti, Benetton descreve dois tipos de dinâmicas relacionadas ao uso das atividades, o grupo de atividades e a atividade grupal. No grupo de atividades, cada integrante realiza sua atividade e mantém com o terapeuta ema relação individual, já na atividade grupal, os integrantes do grupo realizam uma única atividade em conjunto, de modo que o terapeuta pode manter a relação de conjunto do grupo.
Neste contexto, vamos ver alguns exemplos, em artigos, de grupos formados nos hospitais..
Segundo o artigo “O aprendizado do cuidar da família da criança hospitalizada por meio de atividades”, o processo de hospitalização pode gerar na criança/adolescente e na sua família sentimentos ambíguos. A doença da criança faz com que a família se sinta doente e até mesmo culpada pelo acontecimento, podendo precipitar ou agravar desequilíbrios psicoemocionais, o que requer da equipe uma interação efetiva para com esses familiares para tornar menos doloroso esse momento gerador de muito estresse (COLLET & ROCHA, 2004).
Os autores do artigo propõem a utilização de atividades em grupo como recurso para o cuidado da família com o objetivo de ter uma assistência que englobe as necessidades da criança e da família. Essa demanda surge da necessidade que estes grupos específicos têm, visto que, pouco tem sido feito no sentido de acolher os familiares no período de internação do filho, saber suas reais necessidades, angústias, medos, sentimentos em relação ao filho e estratégias para o cuidado da criança ou adolescente.
Já o artigo “Intervenção grupal com enfoque no cuidado emocional: relato de uma experiência” nos apresenta a utilização de abordagens grupais com pacientes internados na clínica médica tendo com estratégia o cuidado emocional. Foi oferecido um espaço para abordar a situação da internação dos pacientes, para trocas de experiências e apoio emocional aos pacientes, que são fatores facilitadores na recuperação. Os resultados obtidos mostraram que a abordagem grupal facilita o cuidado do emocional, permitindo a diminuição do desconforto desses pacientes, a compreensão e aceitação da doença e de todo o processo que a acompanha.
FERNANDES, C. N. S.; ANDRAUS, L. M. S.; MUNARI, D. B. O APRENDIZADO DO CUIDAR DA FAMÍLIA DA CRIANÇA HOSPITALIZADA POR MEIO DE ATIVIDADES GRUPAIS. Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 08, n. 01, p. 108– 118, 2006. Disponível em http://www.revistas.ufg.br/index.php/fen
MUNARI, D. B; RIBEIRO, V.; LOPES, M. M. Intervenção grupal com enfoque no cuidado emocional: relato de uma experiência. Rev. Bras. Enferm., Brasília, V. 55, n. 4, p. 449-451 , jul ./ago. 2002. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reben/v55n4/v55n4a16.pdf
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