O que acontece com a criança/adolescente durante a internação?

No post de hoje, vamos falar um pouquinho sobre os aspectos emocionais e físicos que aparecem na criança e no adolescente a partir do impacto sofrido com a internação...

Com o diagnostico, a hospitalização, e a ruptura brusca do cotidiano, surgem vários sentimentos confusos e dolorosos na criança e no adolescente, podendo ocasionar perdas que podem trazer sofrimento, temores, sentimentos de dependência e insegurança.

O afastamento dos familiares e amigos, o lazer reduzido, a falta do brincar faz com que a criança fique triste, podendo causar ansiedade, estresse, depressão.

Esses níveis de sofrimento podem agravar o quadro de saúde, se tornando mais frágil e comprometendo o tratamento.

Os aspectos emocionais que mais aparecem são: ansiedade, depressão, alterações no humor, Intolerância, perda da capacidade de autocontrole, revolta, culpa, sensação de punição, solidão, imagem corporal afetada...

Além dos fatores emocionais obsevados na criança, é visível também o aparecimento de alguns aspectos físico, como: choro, vômitos, diarreia, taquicardia, ausência de apetite, insônia, incontinência urinária durante o sono, debilitado e apático devido a efeitos colaterais de medicações.

A intervenção do Terapeuta Ocupacional é de levar autonomia, independência e melhorar a qualidade de vida dos pacientes no ambiente hospitalar, utilizando de atividades que possa diminuir os traumas enfrentados pela criança/adolescente e família durante a hospitalização.

Como já sabemos, o brincar é o desempenho ocupacional da criança/adolescente, e é a maneira mais autentica pela qual a ela consegue expressar seus sentimentos e suas vivencias do cotidiano, então é com esse recurso que vamos fazer que a criança/adolescente seja um elemento ativo dentro do seu processo de hospitalização.

Dentre as diversas atividades possíveis de serem realizadas com esse público no ambiente hospitalar, uma delas pode ser destaca e analisada como possível atividade para intervenção para o post de hoje..

Acerte a argola é uma atividade que utiliza cones e as argolas de cores diferentes, onde a criança tem que acertar a argola na cor correspondente ao cone. -Objetivo: Estimular capacidades físicas e cognitivas -Ambiente: Hospital -Materiais: Cones e argolas coloridos- -Riscos: Frustação -Aspectos Motores: Coordenação Visiomotora, Coordenação Motora Grossa, Coordenação Motora Fina, Postura , Lateralidade, Ritmo, Noção de direção, Mobilidade, Esquema Corporal , Consciência Corporal, Desempenho, Flexão e extensão de membros superiores.

-Aspectos Cognitivos: Habilidade Organizacional, Raciocínio, Estratégias, Atenção, Concentração, Previsão, Tentativa de erro ou acerto, Memoria visual e auditiva.

Aspecto sensório - perceptivo: Áreas dos sentidos: Visual, auditivo e tátil.

-Adolescente: A distância entre os cones seriam maiores, e promover uma competição para despertar o interesse. Caso paciente adolescente ou criança tenha baixa visão ou perda visual à atividade seria adaptada para estímulos sensoriais, onde cada argola e o piso perto do cone teriam uma textura diferente, o paciente deveria encaixar as argolas no cone com a mesma textura e não joga-las.

Tempo de duração: aproximadamente 50 minutos

OLIVEIRA, G. F.; DANTAS, F. D. C.; FONSÊCA, P. N. O impacto da hospitalização em crianças de 1 a 5 anos de idade. Rev. SBPH v.7 n.2 Rio de Janeiro dez. 2014.

BARROS, L. As consequências psicológicas da hospitalização infantil: Prevenção e controlo. Aná. Psicológica, Lisboa, v. 16, n. 1, mar. 1998 . Disponível em <http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82311998000100003&lng=pt&nrm=iso>.

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