As doenças crônicas
- renataflsunb
- 16 de mar. de 2016
- 3 min de leitura
É nesse clima de aniversário, que a coluna de hoje tem um tema muito importante!!
“A prevalência e incidência das doenças crônicas vêm aumentando significativamente na população em geral, principalmente nos países em desenvolvimento, representando 60% de todo ônus decorrente de doenças no mundo” (TAVARES, FREITAS, SILVA, SAMPAIO, 2013).
Atualmente, as doenças crônicas constituem uma grande preocupação para os profissionais da área da saúde, então hoje vamos falar um pouquinho sobre elas...

Se você é portador ou conhece alguém que seja, com certeza já se perguntou…
O que é uma doença crônica?
Doença crônica tem cura?
Quais são as principais doenças?
É possível viver bem com uma doença crônica?
Então hoje vamos tentar responder e esclarecer um pouquinho dessas dúvidas no decorrer desse post..
São conhecidas como as doenças que não tem perspectivas de cura, ou que o tempo de convívio com a doença é bastante longo.
Podemos citar como exemplo as diabetes, doenças cardiovasculares e pulmonares, o câncer, e por aí vai.. Segundo a Organização Mundial da Saúde, são doenças que apresentam fatores de risco em comum (álcool, tabaco, má alimentação e sedentarismo) e que têm um alto índice de mortalidade.
Podemos citar outras doenças crônicas que estão classificadas como doenças crônicas do 5º grupo, são elas as doenças autossômicas, reumáticas, mentais e doenças neurológicas. Diferente das outras doenças crônicas, essas tem um alto índice de morbidade (desenvolvimento de problemas associados).
Para o hospital, o tratamento tem como objetivo a prevenção de agravos – prevenção terciaria.
A maioria das pessoas que sofrem com doenças crônicas apresenta limitações no desempenho funcional causadas por possíveis deformidades e sintomas como dor, fadiga, rigidez e desgaste articular, diminuição de amplitude de movimento, redução de força, crepitações, edema, dentre outros (YASUDA, 2005, citado por TAVARES, 2013). Todos estes aspectos impactam fortemente no cotidiano, gerando limitações durante a realização de tarefas do dia a dia.
Segundo Othero (2009), a dor é considerada um dos sintomas mais frequentes em pacientes oncológicos mesmo nos estágios iniciais. No livro encontramos alguns pontos que o terapeuta ocupacional pode atuar: na identificação do efeitos da dor na capacidade funcional do indivíduo; identificar as maneiras que a dinâmica familiar foi alterada, como os papéis foram modificados, bem como a capacidade de levar uma vida produtiva; estabelecer metas e prioridades com o paciente; trabalhar as habilidades do indivíduo por meio de intervenções que melhorem a qualidade de vida, pelo gerenciamento do cotidiano, conservação de energia, controle e manejo da ansiedade e de outros sintomas; avaliar e prescrever equipamentos para promoção da independência e conforto.
Segundo Feirenberg e Trombly (1995) citado por Tavares (2012), uma das intervenções que podem ser feita pela Terapia Ocupacional emprega é a educação ao paciente crônico através de um modelo grupal de intervenção, ancorado em programa educacional incluindo princípios de conservação de energia, técnicas de simplificação do trabalho, de proteção articular, dentre outros.
Fonte: TAVARES A. A., FREITAS L. M., SILVA F. C. M., SAMPAIO R. F.(Re) Organização do cotidiano de indivíduos com doenças crônicas a partir da estratégia de grupo. Cad. Ter .Ocup. UFSCar, São Carlos, v. 20, n. 1, p. 95-105, 2012. <http://www.cadernosdeto.ufscar.br/index.php/cadernos/article/view/553/367>
- M. R.; MASTROPIETRO, A. P.; DE CARLO, M. M. R. P. Terapia Ocupacional em Oncologia – A experiência do hospital das clínicas da faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. <https://www.researchgate.net/profile/Marysia_De_Carlo/publication/262261841_TERAPIA_OCUPACIONAL_EM_ONCOLOGIA__A_EXPERINCIA_DO_HOSPITAL_DAS_CLNICAS_DA_FACULDADE_DE_MEDICINA_DE/links/02e7e5372664e74506000000.pdf>
-CARDOZO-GONZALES R I, VILLA T C S, CALIRI M H L. O processo da assistência ao paciente com lesão medular: gerenciamento de caso como estratégia de organização da alta hospitalar. Medicina, Ribeirão Preto, 34: 325-333, jul./dez. 2001. < http://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/6499/7970>
- OTHERO, M. B. Terapia Ocupacional – Práticas em Oncologia. São Paulo: Editora Roca, 2009. p. 94-96
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